Visão global
Caetano da Maia-Pai de Afonso
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Fidalgo
antigo e defensor dos valores do absolutismo (fiel ao infante D. Miguel),
odiava os ideais da Revolução Francesa;
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Doente;
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Intolerante
em relação às tendências revolucionárias do filho;
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Facilmente
influenciável em relação aos elementos femininos da casa;
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Beato.
Personagem Época que representa
Afonso da Maia-Absolutismo/Liberalismo
Na sua juventude
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Jacobino,
maçónico e ateu, por oposição ao pai, conservador e religioso;
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Refugia-se
no seu "exílio" em Santa Olávia;
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Em
Inglaterra, rapidamente esquece os ideais revolucionários;
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Com
a morte do pai, regressa a Portugal, casando-se após o luto, e revelando-se
antimiguelista;
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A
sua casa, em Benfica, é invadida e vasculhada pela polícia, o que o leva a novo
exílio em Inglaterra;
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Descrença
do liberalismo;
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Interesse
pela cultura inglesa;
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Preocupação
com a infelicidade da mulher;
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Triste
e indignado com a educação que Mª Eduarda impusera para seu filho Pedro;
§ No tempo em que Pedro é já adulto
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Oponente
em relação à ligação de Pedro com Maria Monforte;
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Perante
a hipótese da chegada do filho para uma possível reconciliação, parte para
Santa Olávia;
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Na
desgraça do filho, a ternura de pai sobrepõe-se à indignação do escândalo e do
vexame;
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A
presença do neto fá-lo esquecer a agonia do filho e adesonra;
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Parece
deixar-se abater com a morte do filho;
§ Após a morte do filho
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Responsável
pela educação de Carlos e defensor do método inglês;
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Preocupado
em recuperar a sua neta a Maria Monforte;
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Favorável
às touradas e não às corridas de cavalos, à inglesa;
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Apoiante
de Carlos na compra da Quinta dos Olivais a Craft:
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Apenas
três conselhos para uma revista, mais um projecto de Carlos e de Ega;
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Surpreendido,
transfigurado e esmagado pela revelação da carta de Maria Monforte;
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Escandalizado,
angustiado, horrorizado com a falta de escrúpulos do neto;
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«Lívido,
mudo, grande, espectral», como um fantasma, à chegada de Carlos após o incesto;
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Não
resiste à tragédia e morre.
Pedro da Maia- Romantismo (decadente,
ultra-romantismo)
Em criança
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Em
Inglaterra, recebe uma educação religiosa tipicamente portuguesa e provinciana;
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Um
fraco,medroso;
§ Quase um homem e adulto
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Pequenino
e nervoso sem a raça e a força dos Maias;
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Semelhante
a um belo árabe;
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Alma
indiferente, meio adormecida e passiva;
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«Era
em tudo um fraco.»;
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Um
único sentimento vivo: a paixão pela mãe;
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Afirmação
pela bebida e um bastardozinho aos 19 anos, boémia;
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Arrebatamentos
de loucura com a morte da mãe;
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Vida
dissipada, turbulenta e de estroinice banal;
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Devoto;
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Parecido
com um avô da mãe, que se suicidara;
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Amor
à Romeu;
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Desprezo
pela opinião do pai, casando-se com a «negreira»;
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Disposto
a restabelecer a relação com o pai, aproveitando a gravidez de Maria Monforte;
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Ferido
com a partida do pai para Santa Olávia, não lhe participa o nascimento da
filha;
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Atraiçoado
por Maria Monforte (adultério), procura refúgio no pai;
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Suicídio.
Carlos da Maia- Institucionalização do
Liberalismo (Regeneração)
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Primeira
aparição, em casa do avô, depois que Maria Monforte fugiu com Tancredo, o
italiano;
Em criança
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Parecenças
físicas com o pai, Pedro; «Mas há-de ser muito mais homem!»;
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É
o Carlinhos quem governa; vivendo em Portugal, em Santa Olávia, tem uma
educação segundo o sistema inglês, ao contrário de seu pai que, tendo vivido em
Inglaterra, tivera uma educação tipicamente portuguesa e provinciana;
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Carlos
não gosta do Eusebiozinho;
Revela-se a sua vocação pela
Medicina;
Na sua Juventude
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Matrícula
em Medicina com entusiasmo;
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«Paços
de Celas», luxos raros na Academia;
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Leitor
de Proudhon, Augusto Comte e Herbet Spencer, conquista a familiaridade dos
revolucionários;
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Férias
em Santa Olávia;
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Relação
adúltera com a mulher de um empregado do Governo Civil, em Coimbra;
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Arrependimento
e rompimento desta relação ao ver o marido a passear com o filho;
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Formatura
de Carlos e a sua longa viagem pela Europa;
Carlos adulto
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Na
parte final da viagem, despacho de caixas de livros e outras de instrumentos e
aparelhos destinados à sua biblioteca e à montagem dum laboratório;
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Retrato
físico de Carlos adulto: «a fisionomia de belo cavaleiro da Renascença.»;
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Planos
de Carlos;
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Caracterização
através dos espaços onde deverá exercer a sua actividade profissional:
-
Um consultório muito sui generis;
-
Um laboratório igualmente sui generis;
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Carlos
segundo a perspectiva de Ega;
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Muito
solícito para com a primeira doente, grave;
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A
carreira médica; a primeira libra que, pelo trabalho, ganhava um homem da sua
família; planos para a escrita de um livro sobre medicina e a criação de uma
revista;
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Carlos
da Maia- Interesse pela Gouvarinho; enredado na relação amorosa com a condessa:
vagamente arrependido e ansioso por se ver livre dela; rompimento violento
desta relação;
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Crítico
em relação aos ares científicos do realismo;
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«Modelo»
venerado por Dâmaso;
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Um
diletante que não é levado a sério pelos colegas de profissão;
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Sorte
ao jogo: mau prenúncio segundo o ditado popular;
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Recordação
do passado diante daquilo que fora o seu consultório, após o regresso da sua
longa viagem;
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Tal
como Ega, um romântico;
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Um
estóico rendido ao «fatalismo muçulmano».