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estrutura Mensagem (exp)

Texto expositivo

A Mensagem apresenta uma estrutura simbólica, tripartida. Remete para a história
cíclica de Portugal, abrangendo o nascimento, o apogeu e a decadência que contém já sinais de renascimento.



A primeira parte, Brasão, diz respeito à conquista, à consolidação do Reino. Nela surgem fundadores, heróis e reis como Ulisses, Nuno Álvares Pereira e D. Sebastião.Por sua vez, a segunda, marcadamente épica, a que correspondem a epígrafe “possessio maris” e o título Mar Português, trata da construção do império. De uma terra parte-se à conquista do ma, constrói-se o império à custa de sacrifícios. O Infante é o criador do Mar Português. Depois, o império desfez-se e a pátria mergulha na decadência (Prece). Mas há vozes proféticas de regeneração na terceira parte, o Encoberto, cuja epígrafe “Pax in excelsis” aponta novo caminho.
Esta parte subdivide-se em três acentuadamente proféticas: os Símbolos, onde avulta D. Sebastião; os três Avisos e os Tempos. Verifica-se a centralidade do número três, tido como símbolo de perfeição. O Encoberto é a esperança de um Quinto Império. A pátria moribunda é condição necessária ao ressurgimento que permanece latente, prestes a manifestar-se. Há declínio e desmoronamento,mas também, ânsia e expectativa.

Assim, a estrutura da Mensagem transfigura e repete a história, como um mito de
nascimento, vida e morte, seguida de um renascimento.