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Estoicismo e Epicurismo
Estoicismo: corrente filosófica e ética, fundada por Zenão, filósofo grego. Durou cerca de 500 anos e difundiu-se entre gregos e romanos. É uma doutrina eclética que incorpora vários conceitos de filósofos anteriores e contemporâneos: Heráclito, Platão e Aristóteles...


- Aconselha a indiferença e o desprendimento relativamente aos bens materiais  e espirituais. 
- Rigidez de princípios morais, austeridade e autodisciplina .
- Valorização da virtude, bem absoluto.
- A atitude do sábio estóico deve ser o aniquilamento das emoções, das paixões, até à apatia. Este ideal ético passa pela sua destruição total, para dar lugar unicamente à razão: o homem deve abdicar das paixões/sentimentos pois ensombram a alma e causam sofrimento.
- Deve aceitar voluntariamente o destino involuntário. Sábio é aquele que não resiste ao Fatum, antes a ele se submete com altivez dada a sua inexorabilidade. O homem deve viver em conformidade com as leis do destino que tudo regem, permanecendo indiferente aos males e às paixões, que são perturbações da razão.
- Contra o Fado nada pode o homem, a atitude perante a  morte, ou o que  parece ser uma tragédia pessoal deverá ser de serena aceitação. A vida ideal que aspira à liberdade e à paz como bens supremos, consiste na renúncia a todos os desejos possíveis, aos prazeres, físicos e espirituais; por conseguinte, implica uma disciplina constante, precaver-se contra as surpresas irracionais do sentimento, pois o desejo é inimigo do sossego.
- Condições fundamentais da felicidade: liberdade e paz.

Epicurismo : sistema filosófico criado por Epicuro de Samos,  filósofo ateniense do século IV a.C., e adotado depois por outros filósofos, os epicuristas.

- O fim supremo do homem é prazer, única via para alcançar a felicidade.
Prazer imediato, refletido, filtrado pela razão, avaliado com prudência. São prazeres contidos, leves. Esta doutrina ensina que é preciso saber dominar os prazeres.
- A vivência do prazer do momento tem que ser disciplinada, e digna . - Devemos aproveitar, fruir da única vida que temos, e desfrutar dos  prazeres mas sempre com  moderação (exemplos de prazeres epicuristas).
- Para que a satisfação dos desejos seja estável é necessário um estado de ataraxia-de tranquilidade, sem qualquer perturbação do espírito.
- O principal objetivo é libertar o homem do medo da morte, única certeza,  o que implica viver no presente cada instante que passa, sem pensar no futuro, segundo o tópico epicurista do "Carpe Diem" (Horácio), sem voltar os olhos para o passado que já não existe.

A serenidade do sábio não é perturbada pelo medo da morte, pois todo mal e todo bem se acham na sensação, e a morte é a ausência de sensibilidade, logo, de sofrimento. Nunca nos encontraremos com a morte, porque quando nós somos, ela não é, quando ela é, nós não somos mais.
Carpe diem:
Significa (colhe)"aproveita o dia".  aprecia o presente, pois o tempo flui, passa.
Carpe Diem é viver o hoje sem preocupações com o amanhã. É desfrutar da vida e dos prazeres do momento. Lembra que a vida é breve e efémera e, por isso, cada instante deve ser aproveitado.
O termo foi utilizado pelo poeta latino Horácio (65 a.C.-8 a.C.), no Livro I de “Odes”, em que aconselha a sua amiga Leucone na frase: “...carpe diem, quam minimum credula postero". Uma tradução possível seria “...colhe o dia de hoje e confia o mínimo possível no amanhã”.
Trata-se de um convite para que se aproveite o tempo presente, usufruindo dos momentos sem pensar muito no que o futuro reserva.


Horácio entende que a vida é breve e a beleza perecível. Sendo a morte a única certeza, o presente deve ser aproveitado antes que seja demasiado tarde.