CENA 11 ATO III
Situação na estrutura interna e externa
-ato III, cena 11
- desenlace trágico do conflito, catástrofe: Madalena e D. Manuel de Sousa Coutinho fazem a
profissão de fé. Em plena cerimónia da tomada de hábito, Maria , num estado de
alienação, interrompe o ato religioso, e, depois de um discurso marcado pela
violência e emotividade, morre.
Discurso de Maria
Conteúdo Ideias/afirmações transgressoras
Condena, acusa, questiona (quase amaldiçoa):
· A sociedade, D. João, Deus
· Os valores da
sociedade que a julgam e condenam como ilegítima, afastando-a dos pais e
destruindo irremediavelmente a família;
· A legitimidade/autoridade moral do “outro” que a priva
da felicidade
· Os desígnios de Deus que consente tamanha injustiça.
Defende valores
· A pessoa na sua Individualidade
· A família (pai, mãe, filha)
· O amor
· A justiça
Linguagem
· Vocativos
· Frases curtas, frases reticentes, interrompidas, a traduzir o estado de alienação e a revolta
da personagem;
· Formas verbais no imperativo/conjuntivo
· Repetições de palavras significativas
· Carga semântica do vocabulário utilizado: ideias de
violência, morte, revolta, destruição, fim- verbos, adjetivos, nomes, pronomes
Características românticas
· Desfecho à maneira romântica (o convento como solução
para os amores impossíveis-profissão de fé, morte; de vergonha, tuberculose)
· Perfil romântico da personagem
· Expressão de sentimentos exacerbados;
· Individualismo